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Idoso Caiu em Golpe, Banco Será Obrigado a Ressarcir?

Foto do escritor: MS2 AdvogadosMS2 Advogados

Você já ouviu falar de golpes online onde os criminosos se passam por funcionários de bancos para conseguir seus dados e realizar transações fraudulentas? Um caso recente, julgado em Brasília, trouxe à tona uma discussão importante: até que ponto os bancos são responsáveis por esses crimes?

Um artigo escrito por Dra. Pamela Misawa Washington, Advogada especializada em resoluções de Golpe do Pix e Direito do Autista.


O que aconteceu?

Um idoso foi vítima de um golpe e teve R$ 49 mil roubados de sua conta bancária. Os criminosos ligaram para ele se passando por funcionários do banco e o convenceram a instalar um aplicativo que permitiu o acesso remoto ao seu celular. Com isso, eles puderam realizar a transferência fraudulenta.

O idoso entrou com uma ação na justiça para recuperar o dinheiro perdido. O banco, por sua vez, alegou que a vítima havia colaborado com o crime ao fornecer acesso remoto ao seu celular.

A decisão da Justiça

O juiz entendeu que tanto o banco quanto o idoso tinham responsabilidade no ocorrido. O banco, por não ter sistemas de segurança suficientes para identificar a fraude, foi condenado a ressarcir 60% do valor roubado. Já o idoso, por ter contribuído para o crime ao fornecer acesso remoto ao seu celular, foi considerado culpado por 40% do prejuízo.


O que essa decisão significa?

Essa decisão mostra que, embora os bancos tenham a obrigação de proteger seus clientes, os consumidores também precisam tomar cuidado para não cair em golpes. É importante destacar que:

  • Os bancos são responsáveis: As instituições financeiras possuem a responsabilidade de garantir a segurança das transações financeiras de seus clientes.

  • Os clientes também precisam se proteger: É fundamental que os clientes sejam cuidadosos com seus dados pessoais e bancários e desconfiem de ligações e mensagens suspeitas.

  • A decisão judicial reconhece a culpa compartilhada: Neste caso específico, tanto o banco quanto o idoso foram considerados responsáveis pelo ocorrido.


O que podemos aprender com esse caso?

  • Desconfie de ligações e mensagens não solicitadas: Nunca forneça seus dados pessoais ou bancários para pessoas que você não conhece.

  • Verifique a autenticidade do remetente: Antes de clicar em links ou baixar aplicativos, verifique a autenticidade do remetente.

  • Ative a autenticação de dois fatores: Essa ferramenta extra de segurança exige uma confirmação adicional para realizar transações.

  • Utilize aplicativos bancários oficiais: Baixe os aplicativos dos bancos diretamente nas lojas oficiais e não clique em links enviados por e-mail ou mensagem.

  • Se você for vítima de um golpe, procure a polícia, seu banco imediatamente e advogado especializado.


Em resumo

Embora os bancos tenham a responsabilidade de proteger seus clientes, é fundamental que cada um de nós tome medidas para evitar sermos vítimas de golpes. Ao estarmos atentos e tomando as devidas precauções, podemos reduzir significativamente os riscos de fraudes.

Lembre-se: A segurança digital é um assunto sério e requer atenção de todos nós.



Um artigo escrito por Dra. Pamela Misawa Washington,

Advogada especializada em resoluções de Golpe do Pix e Direito do Autista.




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